sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Os filhos cresceram... E agora?!

O tempo passou. E rápido. Parece que foi ontem que aqueles dias atrasaram e, lentamente, fomos ganhando peso. Em alguns casos não é a barriga que cresce. É o coração. Mas de onde estes pequenos anjos vêm não importa. Que seja da barriga ou do coração, mas que venham. E em qualquer uma das opções, o fato é que não poderemos colocá-los de volta. Estarão para sempre exigindo cuidados, nos dando alegrias, preenchendo nossos dias, tirando nosso sono e torrando nossa paciência.
“São todos iguais, o que muda é o endereço”, quantas vezes escutei esta expressão. O que me leva a crer que todos os papais e mamães passam pelas mesmas situações.
Quando ainda são bebês as preocupações giram em torno de cólicas, febres e se eles choram demais. E se não choram, achamos que eles podem não estar respirando. O dia é curto para tantos cuidados. Troca de fraldas, banho, papinha, pediatra, coisas que absorvem o dia inteiro e, ainda por cima, não dormem de noite.
Os anos passam e as preocupações não desaparecem, apenas mudam. Os filhos ganham uma certa independência. Alimentam-se mais facilmente, já vão para a escola e dão uma folguinha em casa. É a fase das festinhas de aniversário e a decoração varia de Homem Aranha à Cinderela. Os filhos já têm vida social e é a vez de levá-los e buscá-los em festas e casa dos amigos.
Outros tempos. Outras preocupações. Agora eles descobrem que quase podem se governar. Querem sair pra tomar sorvete com os amigos, ir ao cinema com a turma, dar uma banda de bicicleta com a galera ou comprar o novo cd da Malhação. E enquanto eles estão “por aí”, a gente fica em casa de dedos cruzados e rezando o terço para que nada de mal aconteça. Para que eles saibam praticar todo aquele manual de bom comportamento que passamos a vida explicando.
E o tempo corre. Quando nos damos conta eles já são adolescentes e aí sim, ninguém segura mais. Acham que já sabem tudo da vida e que não precisam aprender mais nada. Despertam para o que julgamos ser cedo demais. Lá estamos nós esperando por eles na saída do clube ou da boate, sentindo uma imensa saudade de quando buscávamos nas festinhas de aniversário.
E mesmo quando constituírem suas famílias eles continuarão nos dando preocupações. Difícil não querer saber se eles estão felizes, se estão realizados profissionalmente, se estão educando bem seus filhos como nós os educamos.
Não adianta. Os filhos crescem e transformam-se em gente, mas não nos livraremos das preocupações. Enquanto eles estiverem sob o nosso teto, só pegaremos no sono ao escutarmos o barulho da chave na fechadura. E quando não estiverem mais conosco, dormiremos acordados, esperando para um eventual telefonema no meio da noite.

Um comentário:

Unknown disse...

Amiga. Nossos filhos crescem rápido mesmo. Minha Maria Fernanda já tem 5 anos, e sua Maria Júlia já está indo buscar independência na Austrália. Que Deus acompanhe essa criaturinha linda, que apesar de ter 15 anos, é a melhor amiga de Maria Fernanda, de 5...rsrsrs